A ibogaína tem denominação química e 12-metoxibogamina. Pesquisas feitas em humanos e animais indicam que a erva age em dois sentidos, por um lado ela age na química cerebral, estimulando a produção da proteína GDNF, que promove a regeneração do tecido nervoso e estimula a criação de conexões neuronais.
Isso permite que áreas do cérebro relacionadas com a dependência sejam reparadas e assim estimula a produção de neurotransmissores responsáveis pela produção do prazer; a serotonina e a dopamina. São essas substancias que podem explicar o desaparecimento da fissura pela droga relatada por dependentes logo após uma sessão.
Estudos preliminares também mostram que a ibogaína pode ajudar no tratamento do alcoolismo. Durante a pesquisa, ratos e camundongos foram induzidos ao consumo de álcool em doses diárias ate habituarem-se a bebida. Os testes com Ibogaína demonstraram uma queda efetiva no consumo de álcool pelos roedores, diretamente relacionado ao aumento da produção de uma proteína pelo cérebro, o GDNF.
De acordo com o italiano Antonio Bianchi, médico e toxicólogo em produtos naturais, a ibogaína "age sobre uma quantidade de receptores neuronais. Sua característica fundamental e a sua ação sobre a NMDA (N-metil-D-aspartate). Estes receptores estão presentes, sobretudo em duas áreas: o HIPOCAMPO, que controla a memória e as recordações, e a SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA, parte responsável pela sensação que temos do nosso corpo físico." Se estes receptores são bloqueados, a pessoa constrói uma imagem do "eu" que não esta relacionada com o eu físico, ou seja, está fora do corpo. Este seria o mecanismo neurofisiológico da "viagem astral", o ponto de encontro entre a teoria nativa e a científica. Nestas condições, o homem tende a construir aquilo que e definido como uma bird eye image, ou seja, o sujeito assume uma projeção de si mesmo a partir de uma posição do alto>>, afirma o médico.
Uma vez que a ibogaína chega ao fígado, torna mais fácil sua ação de distribuição e melhor atuação celular. Vários fatores simples podem evitar que baixe a ação da ibogaína no corpo. Isso pelo fato de que quanto menos ela tiver que "brigar" com outras enzimas para diminuir sua ação, maior sera o resultado de sua atuação no organismo.
Ela produz efeito terapêutico acumulativo no tecido adiposo que é liberada lentamente no organismo. O efeito da substância pode ser sentido por vários dias.
A taxa média de eficácia da Ibogaína para tratamento da dependência de crack é de 80%, que é altíssima, principalmente se lembrarmos de que, além de ser uma doença gravíssima, as taxas de sucesso dos tratamentos tradicionais é de 5%. O fato é que a Ibogaína é hoje, de longe, o tratamento mais eficaz contra a dependência. Feito com os cuidados necessários, é seguro, eficaz, e não existem relatos de sequelas, nem físicas, nem psicológicas.
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