sexta-feira, 11 de julho de 2014

Ibogaína pode curar vícios

Vivemos numa sociedade onde os interesses pessoais se sobrepõem ao coletivo. Isso fica notório quando o governo mesmo sabendo que 200.000 pessoas morrem anualmente pelo uso de drogas se dispõe a aprovar lei que impede a detenção de quem seja pego com grandes quantidades de drogas, afinal de que lado eles estão?
Sem falar ainda que quando se fala de vícios que mata fazem a população acreditarem que o problema se resume ao tabaco e as drogas. Por que ninguém fala do álcool que mata em nosso pais 2,5 milhões de pessoas?
Por que nos meios de comunicação não se fala do poder de cura da Ibogaína? Por que as autoridades não disponibilizam Ibogaína para os que dela necessita?
E você sabe o que e Ibogaína?
Para quem não sabe, Ibogaína e uma substância extraída da planta Tabernanthe iboga, originaria do Gabão, e uma planta utilizada nos rituais da religião Bwiti, religião e rituais estes existentes desde a pré-historia. Em 1962 Howard Lotsof, na época dependente de heroína, descobriu que uma única dose de Ibogaína foi suficiente para curar a dependência sua e de alguns amigos. Em 1983 Lostsof reportou as propriedades anti-adictiva da ibogaína e em 1985 obteve quatro patentes nos EUA para o tratamento de dependências de ópio, cocaína, anfetamina, etanol e nicotina. Fundou o International Coalition for Addicts Self Help e desenvolveu o método Endabuse, uma famacoterapia experimental que faz uso da ibogaína HCl, a forma solúvel da ibogaína. A partir daí surgiu com força uma rede internacional de provedores de tratamentos para dependência em todo o mundo, alguns oficiais, outros não. Desde essa época ate hoje cerca de 10.000 pessoas já fizeram o uso da substância, com resultados, em sua maioria, muito bons. Realmente os efeitos são surpreendentes. 
Como tudo que é diferente, e como tudo que é inovador, existem também em relação a Ibogaína controvérsias e dúvidas, que têm origem na desinformação e no preconceito, e algumas vezes também em interesses econômicos. 
O Brasil e um dos pioneiros nesse tratamento e os profissionais envolvidos, apesar de pouco conhecidos aqui, têm reconhecimento internacional.
Ela e empregada no tratamento da DEPRESSÃO, tem potencial para o tratamento do TDAH (Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade) em adultos e doenças degenerativas do sistema nervoso central.
A ibogaína tem denominação química e 12-metoxibogamina. Pesquisas feitas em humanos e animais indicam que a erva age em dois sentidos, por um lado ela age na química cerebral, estimulando a produção da proteína GDNF, que promove a regeneração do tecido nervoso e estimula a criação de conexões neuronais.
Isso permite que áreas do cérebro relacionadas com a dependência sejam reparadas e assim estimula a produção de neurotransmissores responsáveis pela produção do prazer; a serotonina e a dopamina. São essas substancias que podem explicar o desaparecimento da fissura pela droga relatada por dependentes logo após uma sessão.
Estudos preliminares também mostram que a ibogaína pode ajudar no tratamento do alcoolismo. Durante a pesquisa, ratos e camundongos foram induzidos ao consumo de álcool em doses diárias ate habituarem-se a bebida. Os testes com Ibogaína demonstraram uma queda efetiva no consumo de álcool pelos roedores, diretamente relacionado ao aumento da produção de uma proteína pelo cérebro, o GDNF.
De acordo com o italiano Antonio Bianchi, médico e toxicólogo em produtos naturais, a ibogaína "age sobre uma quantidade de receptores neuronais. Sua característica fundamental e a sua ação sobre a NMDA (N-metil-D-aspartate). Estes receptores estão presentes, sobretudo em duas áreas: o HIPOCAMPO, que controla a memória e as recordações, e a SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA, parte responsável pela sensação que temos do nosso corpo físico." Se estes receptores são bloqueados, a pessoa constrói uma imagem do "eu" que não esta relacionada com o eu físico, ou seja, está fora do corpo. Este seria o mecanismo neurofisiológico da "viagem astral", o ponto de encontro entre a teoria nativa e a científica. Nestas condições, o homem tende a construir aquilo que e definido como uma bird eye image, ou seja, o sujeito assume uma projeção de si mesmo a partir de uma posição do alto>>, afirma o médico.
Uma vez que a ibogaína chega ao fígado, torna mais fácil sua ação de distribuição e melhor atuação celular. Vários fatores simples podem evitar que baixe a ação da ibogaína no corpo. Isso pelo fato de que quanto menos ela tiver que "brigar" com outras enzimas para diminuir sua ação, maior sera o resultado de sua atuação no organismo.
Ela produz efeito terapêutico acumulativo no tecido adiposo que é liberada lentamente no organismo. O efeito da substância pode ser sentido por vários dias.
A taxa média de eficácia da Ibogaína para tratamento da dependência de crack é de 80%, que é altíssima, principalmente se lembrarmos de que, além de ser uma doença gravíssima, as taxas de sucesso dos tratamentos tradicionais é de 5%. O fato é que a Ibogaína é hoje, de longe, o tratamento mais eficaz contra a dependência. Feito com os cuidados necessários, é seguro, eficaz, e não existem relatos de sequelas, nem físicas, nem psicológicas.

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